As UPAs tiveram seus projetos desenvolvidos na plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção), um modelo digital inteligente da edificação que reúne todas as informações do projeto em um ambiente integrado. Isso permite antecipar e solucionar possíveis interferências entre os sistemas da obra, como estrutura, elétrica, hidráulica e climatização, evitando incompatibilidades no processo construtivo.
“Essa plataforma proporciona mais agilidade na tomada de decisões, redução de erros, economia de recursos e um acompanhamento mais eficiente da execução”, explicou o vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel Júnior.
Os projetos foram devidamente aprovados pela Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Saúde e englobam soluções tecnológicas sustentáveis, como energia fotovoltaica, climatização central com renovação de ar, sistema de dados estruturado, redundância elétrica com geradores e usinas de ar comprimido medicinal. Tudo isso garante funcionamento ininterrupto, mesmo em casos de queda de energia.
As cidades que receberão as novas UPAs foram escolhidas com base em estudos técnicos da SES-DF considerando demanda populacional, déficit de serviços e acesso da população. “A construção dessas unidades marca uma mudança estrutural na rede de urgência e emergência. A população vai passar a contar com atendimento de urgência mais próximo de casa, sem a necessidade de se deslocar para outras regiões, o que, por consequência, ajuda a reduzir a sobrecarga nas unidades de saúde já existentes”, afirmou Cleber Monteiro.
Na prática, quem estiver passando por uma febre que não cede, uma crise de pressão alta, um acidente ou uma queda que tenha provocado inchaço, dor ou alguma lesão, não vai mais precisar atravessar a cidade em busca de atendimento. As UPAs estarão na porta da comunidade, prontas para acolher desde casos clínicos até pequenas urgências, com estrutura completa para exames, estabilização e, se necessário, encaminhamento para hospitais.
Atendimento humanizado e geração de emprego
O presidente do IgesDF também adiantou que, paralelamente às obras, serão abertos processos seletivos para formação das equipes que vão atuar nas novas unidades. “O planejamento prevê que, no momento da entrega das UPAs, todas já estejam com as equipes formadas e treinadas, garantindo início imediato dos atendimentos”, afirmou.
As UPAs funcionam como uma ponte entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e os hospitais, oferecendo atendimento de urgência e emergência em casos como fraturas, cortes, falta de ar, crises hipertensivas, infecções e outros agravos que exigem intervenção rápida. Também oferecem exames como raio-X, eletrocardiograma e laboratório básico.
Atualmente, o Distrito Federal conta com 13 UPAs sob gestão do IgesDF. Dessas, sete foram inauguradas entre 2021 e 2022, nas cidades de Ceilândia (segunda unidade), Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia.
Com a entrega das novas unidades, a rede passa a contar com 20 UPAs funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, reforçando a capacidade de atendimento e garantindo assistência mais rápida, segura e perto de quem mais precisa.
“O que estamos construindo é mais que concreto e tijolo. É dignidade, é cuidado, é saúde perto das pessoas”, concluiu o presidente.
*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica d